Com os acalorados debates sobre o pré-sal, o governo conseguiu, nesta semana, tirar da pauta duas nuvens negras que pairavam sobre o Palácio do Planalto: as denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney, e a suspeita que pesava sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de ter pressionado a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, a “agilizar” as denúncias contra a família de Sarney.
Acusada de fazer sempre o jogo da oposição, até mesmo a chamada “mídia” rendeu-se ao debate colocado pelos governistas. O pré-sal foi manchete dos jornais brasileiros praticamente todos os dias desta semana. E com grande destaque: por meio de imagens, gráficos, desenhos, etc.
Para quem tem uma explicação redutivista dos meios de comunicação, como algo dirigido e planejado, o debate pré-sal mostra que análises como “não há crise, mas campanha golpista da mídia” são incrivelmente superficiais. A semana mostra que o Brasil é muito mais complexo do que sonham aqueles que têm uma visão esquemática de tudo.
Aprofundar-se nos fenômenos, analisar todos personagens e vetores em jogos, estudar circunstâncias dá muito trabalho. É mais fácil gritar um bordão como “mídia golpista”, entre outros. Palavras e frases de efeito, muitas vezes, são ótimas para quem não quer pensar muito ou mesmo não tem argumentos suficientes.
Os projetos que o governo impôs ao Congresso para regulamentar a extração de petróleo do pré-sal podem representar um retrocesso à nação – por isso, precisam ser aprimorados, não descartados. A eventual aprovação do texto ainda deverá servir de palanque para a candidata da base governista. Mas, independente disso, esta semana o governo venceu uma batalha ao conseguir, com o pré-sal, colocar debaixo do tapete frutas podres que o incomodavam muito. E os jornais foram bem manipulados nesse sentido.(Equipe Agripino)
Fonte:http://www.agripino.com.br/
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