Ai meu Deus! Oxalá! Façamos figa, despachos na encruzilhada, tudo, mas a conquista das Olimpíadas não pode ficar apenas no ‘Viva o Brasil’ não. Este entusiasmo pode encobrir fracassos futuros.
Estas Olimpíadas podem ser um início de salvação do Rio, cidade partida e sitiada. Temos de seguir o exemplo de Barcelona que se preparou para o evento, mudando a cidade antes e se estruturando para depois. A cidade melhorou, enriqueceu.
Não podemos cair do cavalo nem construir mais um elefante branco, como por exemplo ficou o parque aquático do Pan de 2007, fechado, ou o velódromo da Barra.
O governo e a prefeitura sabem que cada real investido na preparação pode render quatro vezes. Ótimo, mas, para isso, temos de impedir a síndrome de Atenas.
Na Grécia, a burocracia boçal, a corrupção empresarial viraram a pós-Atenas Olímpica numa vasta ruína. O Rio tem de evitar que isso aconteça, se for escolhido.
Os adversários não são os americanos, ou espanhóis, ou os japoneses. Eles estão aqui dentro do país e da cidade. Porque somos medalhas de ouro em salto tríplice de mamatas, 100 metros rasos em superfaturamentos e campeões em lentas maratonas na burocracia.
Para que estas Olimpíadas valham a pena, temos de derrotar, antes, nossos campeões, medalhas de ouro, mundiais de maracutaias.
Fonte:http://colunas.jg.globo.com/arnaldojabor/
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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