terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cassação está suspensa, mas DEM promete radicalizar


Brasília (AE) - A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, que suspendeu a cassação do mandato do prefeito da capital, Gilberto Kassab, até o julgamento final do processo por suposto recebimento de doação ilegal, não acalmou o DEM. Certa de que este fato não pode ser lido isoladamente, porque o PT “jurou de morte os democratas”, a cúpula do DEM pretende dar o troco, abrindo guerra contra o governo no Congresso. “Não se vota mais nada por acordo, porque não dá para negociar com quem nos jurou de morte”, afirma o líder na Câmara, Paulo Bornhausen (DEM-SC).

A reação do DEM pode dificultar votações de propostas de interesse do governo e dos petistas, empenhados em alavancar a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Por que vamos aprovar os projetos do pré-sal?”, indaga Bornhausen, que já está articulando a obstrução com o PSDB.“Se querem radicalização, vamos entregar o produto, e que aprovem o que quiserem com os votos deles; não com os nossos”, propõe Bornhausen. “A Câmara pode ser usada como instrumento eleitoral contra o nosso partido, e isto nós não vamos permitir”, concorda o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

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