quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Esse negócio de ordem é para otário


“Qual é mermão? Esse negócio de ordem é para otário. Malandro não bobeia. Os homens vem, a gente salta de banda”. É foi assim desde os tempos da colônia. Sou carioca e sei o que digo.
O grande barato do Rio sempre foi enganar o rei, a lei, a prefeitura e não falo do povo não é um hábito cultural antigo, tudo esta na ginga. Muito carioca acha que desordem é prova de esperteza e liberdade.
Ex-capital federal nesta cidade dependente do estado, se criou este espírito bailarino. Enquanto São Paulo cresceu capitalista o Rio teve a tradição burocrática.
São Paulo é “empresa”, Rio é “emprego”. “Descolei uma parada legal, empregaço, nem precisa ir lá”. Isso sempre foi louvado como charme, mas agora com 700 favelas e a multinacional do pó derrubando helicópteros, a desordem ficou vergonhosa demais.
A prefeitura esta certa no choque de ordem, mas o problema é que a desordem não esta nas ruas. Esta dentro das cabeças também depois de séculos de malandragem.
O sentido de respeito a lei é ainda muito ralo no Rio. Sem contar os maus exemplos da política. “É isso ai mermão. Se o Senado além de seus vexames ainda esculacha o Supremo Tribunal tu quer o que? Em terra de sapo mosquito não da rasante! Falou?”.

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