sábado, 28 de novembro de 2009

Gripe A: infectologista alerta para falta de leitos pós-Carnatal


O Carnatal está chegando e com ele a preocupação da população e dos gestores da saúde pública. Na tarde desta sexta-feira (29) foi lançado um plano de ação para combater a disseminação da influenza A (H1N1), ou gripe suína, como a doença ficou popularmente conhecida, durante o evento.O plano consiste na sensibilização da população. “Pessoas que apresentam sintomas gripais não devem de forma alguma ir para o Carnatal”, disse a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretária Municipal de Saúde, Cristiana Souto.Presente ao lançamento do plano, o médico infectologista André Prudente, disse que só essa ação não resolve. “Não adianta dizer não vá para o Carnatal, porque quem comprou o abada vai assim mesmo”, disse.

Ele se mostrou preocupado com o período pós-Carnatal, quando a doença deve aparecer, pois há um período de incubação. “Por exemplo, hoje não há vaga de leitos na UTI do Hospital referência, o Giselda. Minha preocupação é o que vai ser feito depois do Carnatal. Não temos estrutura, vai ser um caos e as pessoas vão sofrer”, declarou o infectologista.Sobre a falta de leitos, Cristiana contou que a SMS abriu licitação para adquirir 50 leitos nos hospitais privados.Pelo plano, será instalado um stand próximo à Autobras, onde haverá um telão com mensagens informativas. Também será feito um trabalho junto aos camarotes, no sentido de que disponibilizem o álcool em gel, lenços e copos descartáveis.A Secretária Municipal de Saúde está referenciando as unidades mistas de Cidade Satélite e Cidade da Esperança, o Hospital dos Pescadores e a Unidade Sandra Celeste caso seja necessário atendimentos.Para o infectologista Luiz Alberto “ainda não dá para dizer que estamos vivendo uma nova pandemia, apesar do aumento do número de casos suspeitos da gripe nas últimas semanas”.De todo modo, a prevenção é necessária. "Além de recomendarmos que as pessoas que tem os sintomas da gripe não frequentem o evento, recomendamos também que as pessoas do grupo de risco não compareçam", disse o presidente da Sociedade Potiguar de Infectologia, Hênio Lacerda.

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