sábado, 21 de novembro de 2009

Morre em São Paulo o ex-prefeito Celso Pitta


O Hospital Sírio-Libanês informou na manhã deste sábado (21) que morreu o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta(foto), de 63 anos.Pitta vinha lutando contra um câncer. Em janeiro, ele havia sido submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino.De acordo com o hospital e com a assessoria do advogado dele, Remo Battaglia, mais informações serão fornecidas em uma entrevista coletiva às 10h.Pitta foi eleito em 1996, com 62,2% dos votos, apoiado pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP), de quem havia sido secretário. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000.O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários - entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios.Segundo a assessoria do advogado do ex-prefeito, Pitta vinha trabalhando como economista, prestando assessoria a empresas.PrefeituraO mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários - entre elas, está o escândalo dos precatórios.Até deixar o cargo, Pitta se tornou réu em treze processos, acusado de superfaturar obras e desviar verbas públicas.Algumas das principais acusações contra ele foram feitas pela ex-mulher Nicéa, que acusou o ex-marido de pagar uma mesada a vereadores para que aprovassem seus projetos.Operação SatiagrahaO ex-prefeito foi preso no dia 8 de julho de 2008 durante a Operação Satiagraha da Polícia Federal. Na ação, também foram presos o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e o empresário Naji Nahas. Segundo a PF, os três encabeçavam uma suposta quadrilha que teria cometido crimes financeiros.A operação investigou desdobramentos do caso mensalão. Segundo informações da Polícia Federal, tratava-se de uma investigação iniciada quatro anos antes e que trazia informações repassadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a Justiça Federal de São Paulo.De acordo com o procurador da República Rodrigo de Grandis, Celso Pitta teria recebido de Naji Nahas dinheiro que viria do exterior.O ex-prefeito deixou a carceragem da PF três dias depois, no dia 11, beneficiado por um hábeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.Pensão atrasadaEm novembro de 2008, o ex-prefeito passou a ser procurado pela polícia após ser condenado pela 5ª Vara da Família por não pagar pensão à ex-mulher Nicéa. Na época, Pitta devia cinco meses de pensão, o que segundo os advogados de Nicéa, equivalia a R$ 100 mil.O ex-prefeito não foi encontrado pela polícia, e passou a ser considerado foragido. Sua família chegou a oferecer uma recompensa de R$ 1 mil para quem denunciasse sua localização.Na época, o advogado do ex-prefeito, Remo Battaglia, afirmou que ele não tinha condições de pagar R$ 20 mil por mês para a ex-mulher.Pitta se apresentou apenas depois que sua defesa conseguiu uma liminar que suspendia o pedido de prisão. Ele afirmou que deixou de pagar a prisão devido a perdas de contratos por ter seu nome envolvido na Operação Satiagraha.Novo pedido de prisãoEm abril de 2009, a Justiça pediu novamente a prisão do ex-prefeito pela falta de pagamento da pensão à ex-mulher.O mandado foi determinado pelo juiz Francisco Antônio Bianco Neto, da 5ª Vara da Família de São Paulo. Celso Pitta devia na época mais de R$ 155 mil reais à ex-mulher.No mesmo mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus ao ex-prefeito permitindo que ele ficasse em prisão domiciliar.O STJ aceitou o argumento de que Pitta precisa de cuidados especiais, porque tinha câncer de fígado e diabetes. Ele passou a cumprir a prisão domiciliar no dia 23 do mesmo mês.IndiciamentoLogo após começar a cumprir a prisão domiciliar, o ex-prefeito foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de evasão de divisas, operar instituição financeira sem autorização, falsidade ideológica, fraude na Administração de Sociedade Anônima e formação de quadrilha.Na época, outras 22 pessoas também foram indiciadas, entre elas o investidor Naji Nahas. O indiciamento fez parte da Operação Satiagraha.Fonte: G1 da Globo

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