quinta-feira, 22 de abril de 2010

É hora de os políticos locais prepararem a lista de pedidos aos presidenciáveis

O Rio Grande do Norte entra hoje na rota dos candidatos à Presidência da República. Além de toda a movimentação política de exibição do candidato, os políticos locais devem aproveitar a ocasião para arrancar compromissos dos visitantes.

Custo acreditar que a visita do ex-senador, ex-ministro, ex-governador de São Paulo, José Serra, sirva apenas para o proselitismo político-eleitoral. Que sirva apenas para ele desfiar idéias vagas, fazer promessas genéricas e dar tapinhas nas costas de políticos, empresários e populares.

Algum dos seus apoiadores precisa, em determinado momento, deixar clara a lista de reivindicações econômicas e sociais do nosso estado. E repetí-la, repisá-la quando for possível.

Os políticos do Democratas, do PSDB - partido do presidenciável - e do PPS, legendas que dão apoio ao candidato tucano, devem dizer a Serra a expectativa da nossa população com o futuro Governo Federal, seja quem for o vencedor.

E nesta lista deve constar a conclusão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a construção de um novo porto no litoral norte do Estado, o terminal pesqueiro, a duplicação da BR 304 que liga Natal a Mossoró, o anel viário da capital, o gasoduto na região do Seridó, a consolidação da refinaria em Guamaré e um braço da ferrovia transnordestina no Rio Grande do Norte.

Eu citei aqui apenas obras estruturantes que podem alavancar a economia do estado. Mas deve haver mais. Muito mais.Eu citei apenas a lista que os aliados do Serra repetem a todo instante na hora de criticar as ações do atual presidente Lula para o Rio Grande do Norte.

E isso tem de ser dito desde já. Para que os presidenciáveis possam ouvir de nós o que pensamos e o que esperamos do futuro governo.

Todo candidato tem seu plano de governo. E nós precisamos ter a nossa lista de reivindicações. Eu espero que a cada visita de um presidenciável - hoje é Serra, amanhã devem vir a Dilma, a Marina, o Ciro, se ainda estiver no páreo - possamos cobrar o compromisso com nosso Estado, pequenino, de eleitorado ínfimo diante dos grandes colégios eleitorais, de bancada diminuta na Câmara dos Deputados, mas de políticos representativos - temos líderes de partidos, de bancadas como a do PMDB, ex-presidente do Senado e representantes de classes empresariais.

A briga dos políticos locais deve ocorrer no processo eleitoral. Mas lá em Brasília, para o povo de fora como se diz no popular, ela não deve existir. Devemos juntar esforços para que os grandes líderes deste país possam nos ouvir. E, se possível, atender nossos pedidos.

Este é o papel do verdadeiro político.
Fonte:http://www.nominuto.com/blog/blog-do-diogenes/

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