A vaidade gritou e Ana Tânia foi exonerada

A prefeita Micarla de Souza definirá nesta terça-feira, 13, hoje, o futuro de seu relacionamento com a enfermeira sanitarista Ana Tânia Sampaio, a secretária de Saúde que a criticou durante reunião do estafe da municipalidade. Ou a exonera, mercê da vaidade, prerrogativa de humanos, e permanece insensível às críticas, ou a transforma em seu principal colaborador, por mostrar sempre quando o rei estiver nu antes que terceiros o observem".

O que está aí acima é o que escreví na manhã desta terça-feira, preparando a edição de ontem da coluna que veiculo diariamente no portal "No Minuto". Sabia, então, que Micarla haveria de se encontrar com Ana Tânia e com o advogado e ex-deputado federal Augusto Viveiros. Os ventos que sopravam eram os da demissão. Sobre Viveiros, cuja competência é notória, não haveria o que dizer, pois nunca conhecí a caixinha preta que é, ancestralmente, a situação financeira da prefeitura de Natal.

Quanto a Ana Tânia, refería-me àquela que Micarla apresentou há menos de um ano como a tábua de salvação de sua gestão no plano da Saúde.

Pouco depois de postar a coluna, confirmou-se a degola de Ana Tânia e líderes sindicalistas que se haviam confrontado com ela no cargo emitiram, através da internet, uma nota interessante.
"Secretária Ana Tânia exonerada: o SUS municipal está em luto!", diz a mensagem, convocando os profissionais da rede municipal de saúde para promoverem nesta quarta-feira uma promoção de repúdio por ocasião da terceira "Conferência Municipal de Saúde Mental.

Micarla não exercitou a auto-crítica nem agradeceu à amiga por tê-lo feito em seu benefício. Possuísse humildade, teria agradecido, na reunião da sexta-feira, pelo diagnóstico formulado. Toda Natal atesta a omissão da prefeita. Quando sua assessoria divulgou a informação de que Micarla estava com estresse, a ridicularia foi geral. Ela acabara de curtir férias em Miami, depois de boa temporada de viagens por não se sabe mais onde.

Seria o caso de usar a palavra depois de Ana Tânia, reconhecer a ausência, atribuí-la até a uma questão de saúde, momentânea, e prometer mudar. E tentar, efetivamente, a partir de então, assumir o leme da prefeitura, que exibe a mesma acefalia vista na sexta-feira.
Fonte:http://www.nominuto.com/blog/roberto-guedes/