sexta-feira, 16 de abril de 2010

Paraibano preso em São Paulo é acusado de integrar o PCC

Uma operação entre as Polícias Militar e Civil da Paraíba, juntamente com o Departamento de Investigação Criminal do Estado de São Paulo (Deic) terminou na prisão de um paraibano procurado em quatro Estados e acusado de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa paulista responsável por centenas de assaltos e rebeliões no Sudeste do Brasil.

Ari Muniz da Silva, de 30 anos, também é considerado o elo de ligação entre os Estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, na Região Nordeste, com o PCC. A ação aconteceu na noite da última quarta-feira, quando Ari foi preso por policiais paulistas em um bar localizado no bairro de Jardim Olinda, zona sul de São Paulo, juntamente com mais 24 pessoas que estavam no local.

O paraibano, que é natural de Pombal, estava sendo rastreado pela polícia paraibana desde o dia 5 deste mês, quando uma quadrilha armada assaltou um ônibus da empresa Guanabara e fez 37 vítimas reféns na rodovia estadual PB-325, que liga os municípios de Pombal a Jericó, no Sertão do Estado. No assalto, os criminosos roubaram mais de R$ 3 mil em espécie, computadores portáteis, joias, celulares e pertences das vítimas.

De acordo com o delegado André Rabello, que coordenou as investigações ao lado do major Cunha Rolim, do 12° BPM de Catolé do Rocha, Ari Muniz seria o líder do bando e foi reconhecido por um policial militar que seguia como passageiro do veículo durante o assalto. O paraibano é apontado ainda como o assaltante mais perigoso do Rio Grande do Norte, depois de ter comandado a fuga de 14 detentos da cadeia de Mossoró-RN, no mês de março, após ser preso pela Polícia Federal mossoroense. Ari era procurado na Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o major Cunha Rolim, Ari Muniz possui fortes ligações com o PCC e estava comemorando um assalto realizado contra uma joalheria em São Paulo. “Nós recebemos a informação de que ele estaria por lá e fizemos os contatos repassando dados para os agentes do Deic. Ele fugiu para São Paulo, porque possui fortes ligações com o PCC, tendo sido preso há três anos com um traficante do grupo chamado Adriano Augusto Salomão e Rodrigo Luchetti, ambos paulistas e integrantes do PCC”, informou.

Conforme a polícia, Ari Muniz respondia por um mandado de prisão expedido desde o ano passado pela Vara Criminal de Pirapora, interior de Minas Gerais, acusado de roubar um malote com dinheiro de um estabelecimento comercial. Além disso, ele é apontado como autor de assaltos no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“Esse rapaz era sem dúvidas o mais procurado do Rio Grande do Norte e mantinha ligações com o PCC. Tanto é que nós estávamos em uma campana para prendê-lo na cidade de Paulista, aqui no Sertão, e em 24 horas ele foi parar em São Paulo. As relações com integrantes do PCC são muito grandes, sobretudo na prática de assaltos”, disse o delegado André Rabello.

Das 25 pessoas presas, 20 foram liberadas após serem ouvidas por agentes do Deic. O paraibano e mais quatro suspeitos continuam detidos na capital paulista. De acordo com o delegado André Rabello, os nomes dos outros quatro ainda não foram confirmados, mas as suspeitas são de que eles sejam membros da quadrilha que roubou os passageiros da Guanabara e tenham fugido da cadeia mossoroense.

“Nós estamos enviando fotos e informações para confirmarmos se são realmente os presos que fugiram”, ressaltou André, adiantando que será montado nos próximos dias um esquema de segurança para recambiar Ari Muniz para a Paraíba.Sertão Informado
Fonte:http://www.sidneysilva.com.br/

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