quinta-feira, 22 de abril de 2010

Novo código não intimida médicos




Embora o novo código de ética médica, em vigor há pouco mais de uma semana, torne mais rígida a vigilância no sentido de garantir médicos nos plantões, o problema de falta de médicos e de médicos faltosos continua a deixar sem atendimento, quem procura as unidades de saúde.

No Hospital Santa Catarina, na zona Norte, dos três clínicos gerais previstos na escala do serviço de emergência apenas um apareceu para cumprir a jornada no Pronto-Socorro, na manhã de ontem. Cerca de 60 pessoas se amontoavam nos corredores à espera da vez. O resultado dessa equação: uma fila que só se multiplicava. Alguns pacientes, como a dona de casa Maria Elza Rocha, 52, esperava desde às 7 horas da manhã pela consulta que até às 10h, não havia previsão para acontecer. Com dores fortes na coluna e febre, o caso era considerado de menor gravidade. “Eles não respeitam idade ou ordem de chegada, quem estiver mais grave entra primeiro. O problema que aqui todo mundo está de mal a pior”, disse a moradora de Extremoz.

Com uma bolsa de soro, o estudante Vilian Januário de Melo, 22, acometido por pancreatite há seis dias aguarda vaga para internação. Morador de Pendências, na região do Alto Oeste, ele foi encaminhado pelo posto de saúde. O PM Josué Pereira não encontrou atendimento para a filha de 12 anos. Após ser socorrida pelo pai no colégio por causa de uma crise de convulsão, a menina foi levada para o Pronto Atendimento de Pajuçara, onde não havia médicos, e de lá encaminhada para o Santa Catarina. “Os dois cirurgiões estão operando e não podem atender, vamos tentar o Walfredo Gurgel”. A crise convulsiva provocou um corte na cabeça e escoriações nos braços e pernas.

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