segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Delegacia precária em Felipe Camarão


Mesmo se esforçando para dar conta do combate à criminalidade na área em que é responsável, o delegado Heleno Luiz, da 14ª Delegacia de Polícia, em Felipe Camarão, Zona Oeste de Natal, chama a atenção para um fato: enquanto tem que escalar oito agentes para tomar conta dos presos, apenas três são designados para as investigações. Para ele, esse é um exemplo de como a custódia de presos nas unidades distritais de Natal dificulta o trabalho da polícia.
Distrito policial do bairro da Zona Oeste enfrenta problemas como falta de viaturas e excesso de detentos custodiados Foto: Carlos Santos DN/D.A Press Heleno Luiz, que já ocupou o cargo de Delegado Geral da Polícia Civil, decidiu assumir o distrito de Felipe Camarão "como desafio pessoal. Ninguém queria vir para cá. E se fizerem uma reunião, acredito que ainda ninguém queira". Ele está à frente da delegacia desde a metade do ano passado e considera a estrutura do local precária.Segundo o delegado, a 14ª DP possui apenas uma viatura, quando deveria ter pelo menos mais uma. "Deveríamos ter também um delegado adjunto. Aliás, acredito que todas as delegaciasde bairros deveriam ter dois delegados. As distritais eram para ser as mais bem estruturadas", opina. Para o delegado, com apenas uma viatura, fica difícil atender a demanda do bairro. "Já tive de usar uma viatura da delegacia geral numa viagem que precisei fazer para Recife, numa investigação", diz.PresosO maior problema da delegacia de Felipe Camarão, segundo Heleno Luiz, é que a unidade tem qe custodiar presos. Sobre isso, o delegado afirma que tem de designar a maior parte dos agentes para cuidar da carceragem, enquanto que o trabalho investigativo fica a cargo de três agentes. "A gente só consegue algum resultado aqui por causa do meu esforço pessoal. Eu mesmo tenho que sair à noite e conversar com a população, investigando. Se não é isso, não conseguiríamos combater a criminalidade neste bairro", afirma. Segundo o delegado, a 14ª DP comporta hoje em dia uma média de 15 a 20 homens custodiados. "Quando só deveriam estar quatro. E olha que melhorou, depois de algumas negociações que fiz", observa.
Fonte:http://www.diariodenatal.com.br/

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