segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Jarbas diz que herança política de Lula é perversa para novas gerações



O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "tem o toque de Midas ao contrário, quando se trata de política". Em pronunciamento nesta segunda-feira (24), o parlamentar afirmou que "a política é o terreno da esperança, da mudança de práticas e costumes ultrapassados e é por essa razão que a herança política do presidente Lula é tão perversa e tão negativa, em especial para as gerações mais novas".
- Os jovens devem saber que a política não é o terreno da esperteza, da mentira e do cinismo, como sugere o comportamento do atual presidente da República - afirmou o representante pernambucano.
Jarbas Vasconcelos disse ser necessário combater "as mentiras e os devaneios do atual ocupante do Palácio do Planalto", repetidos "pelos palanques montados com dinheiro público no Brasil afora". Para o senador, a proximidade do ano eleitoral "tem derrubado o nível dos discursos presidenciais".
- Devo admitir que fica até complicado devolver na mesma moeda as sandices lulistas jogadas ao vento em atos eleitorais travestidos em inaugurações, sob pena de atacar o decoro parlamentar - disse.
O parlamentar criticou a afirmação de Lula de que "a oposição, quando não tem argumento para fazer oposição, é pior que doença que não tem cura". Disse que Lula tem memória curta, pois foi oposição por 24 anos. Afirmou que Lula foi contra a Constituição de 1988, contra o Plano Real e contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem que seu partido tenha apresentado qualquer alternativa viável às propostas.
- A estratégia era sempre a do quanto pior, melhor - afirmou.
O senador disse que, segundo Lula, a oposição não tem projeto. Mas Jarbas Vasconcelos enfatizou que os principais projetos do governo Lula vieram do governo anterior, citando a política macroeconômica e o Programa Bolsa Família.
O senador afirmou ter em mãos uma série de ataques extremamente agressivos proferidos por Lula contra os ex-presidentes da República e hoje senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL), além de Itamar Franco. Disse que não iria lê-los por serem impublicáveis. Mas lembrou que os antigos adversários são hoje considerados por Lula "cidadãos incomuns e injustiçados". Por outro lado, acrescentou, o presidente parece ter esquecido que "muitos dos que hoje agride estiveram ao seu lado em períodos obscuros da vida do Brasil".
Jarbas Vasconcelos disse que as reiteradas críticas do presidente a tribunais de contas, à imprensa e aos partidos de oposição são preocupantes, sinalizando que o presidente gostaria de ser um ditador. Lembrou que "nunca antes na história desse país um presidente interferiu tanto no Legislativo".
- Não é coincidência o fato de o Congresso Nacional enfrentar suas maiores e mais profundas crises exatamente durante a passagem de Lula pelo Palácio do Planalto - afirmou Jarbas Vasconcelos.
O parlamentar apenas concordou com Lula quando este disse que quanto mais as pessoas sérias se afastam da política, mais picaretas vão entrar nela.
- O problema é que todos os picaretas estão na base do governo Lula - afirmou.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que a ingerência do presidente Lula no Congresso é tanta que o presidente do Poder Legislativo está hoje no mesmo nível de um ministro de Estado. Para ele, o Congresso tornou-se "um anexo do Palácio do Planalto". Também apoiaram o discurso de Jarbas Vasconcelos os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Alvaro Dias (PSDB-PR).
Da Redação / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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