segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Lula chama Geddel e Jader para pedir acerto com PT


Empenhado em costurar o apoio do PMDB à candidatura presidencial de Dilma Rousseff, Lula tornou-se coordenador político de si mesmo.

Nesta semana, pretende reunir-se privadamente com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e com o deputado Jader Barbalho.

Geddel manda no PMDB da Bahia. Jader dá as cartas no PMDB do Pará. Ambos estão em litígio com o petismo local.

O ministro Geddel ensaia uma candidatura ao governo baiano, contra a recandidatura do petista Jaques Wagner.

O deputado Jader informou à direção do PMDB que decidiu concorrer ao governo paraense, contra a recandidatura da petista Ana Julia Carepa.

Lula pretende apelar a Geddel e Jader que refluam. Deseja que aceitem disputar um par de cadeiras no Senado, acertando-se com Jaques Wagner e Ana Júlia.

A julgar pelo que dizem entre quatro paredes, Geddel e Jader devem responder negativamente aos apelos do presidente.

Não se recusam a apoiar Dilma. Mas acham que as relações com o PT de seus Estados, por envenenadas, já não podem ser reconstituídas.

Há uma semana, em almoço com Lula, Michel Temer, presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB, propusera uma solução conciliatória.

Sugerira que, na Bahia e no Pará, sejam montados dois palanques para Dilma –um do PMDB, outro do PT.

O presidente não excluiu a hipótese aventada por Temer. Mas decidiu fazer um derradeiro contato com Geddel e Jader.

Lula chega nas duas bolas divididas com atraso. No caso da Bahia, por exemplo, Geddel já costurou até uma aliança com o PTB.

De resto, o PMDB baiano desembarcou do governo do PT. Geddel devolveu a Wagner as duas secretarias que eram ocupadas por gente sua.

Ou Lula aceita a tese do duplo palanque ou se arrisca a empurrar potenciais aliados de Dilma para o colo do presidenciável tucano José Serra.

Bahia e Pará não são os únicos nem os piores problemas que Lula tenta, pessoalmente, superar. A encrenca mais preocupante é a de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país.

Ali, o PMDB cobra do PT apoio à candidatura do ministro Hélio Costa (Comunicações). Dividido entre Patrus Ananias, ministro do Bolsa Família, e Fernando Pimentel, ex-prefeito de BH, o petismo faz ouvidos moucos.

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