domingo, 13 de setembro de 2009

Anarquia partidária

De uns tempos para cá, o eleitorado do Rio Grande do Norte acompanha uma verdadeira anarquia partidária. É sigla para todos os líderes, para todos os gostos e para todos os “gastos”. No passado era mais fácil: o cidadão-eleitor ficava de um lado ou do outro, numa política polarizada entre dois blocos. O cara era vermelho ou verde. Hoje, não. Complicou. Com a proliferação de partidos nos últimos anos, são 27com representação nacional, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, os políticos com cabedal saíram às compras e passaram a comandar legendas de todo o tipo e de toda a ordem. A liderança tradicional pulverizou-se em lideranças por regiões, municípios e instituições. Político que se preze ou almeje voar alto tem de ser dono de partido. E o que a gente vê por aí é o mercado persa: tem de tudo um pouco. Já vi político reclamando: “o cara chega e diz que vai votar na gente. Depois ‘vende-se’ pra outro e outro, e outro, e por aí vai”. Tem liderança municipal que faz uma “salada mista”. Pro governo, apóia fulano de determinada legenda, pro Senado compromete o primeiro voto para o candidato do partido tal, o segundo voto para senador vai para o candidato da coligação adversária, vota no deputado federal de outra legenda, e pede voto para o estadual de outro partido. Ou seja, o cara dança com quem vier pela frente, feito festa em cabaré. Às vezes, é preciso colocar ordem no puteiro. Porque o que se vê por aí é a prostituição do voto. Nossos líderes políticos precisam atentar para o quadro atual. O Rio Grande do Norte vive um momento de transição política, onde lideranças tradicionais, que se revezam no poder há mais de 40 anos, estão dando lugar aos mais jovens. E o eleitor deve cobrar de seus representantes um mínimo de compustura, porque senão vira massa de manobra, sempre. Enquanto esta anarquia partidária perdurar, vamos assistir aos sucessivos escândalos de corrupção no Congresso Nacional, demais parlamentos e governos. Há gente séria na política, claro. Nem todos os partidos contribuem para gerar essa “anarquia”, mas a política brasileira tem se nivelado por baixo. A mais alta casa legislativa do país, o Senado, está com a imagem jogada na lama. Como podemos acreditar num parlamento desses? Como os políticos podem pedir o respeito da população? Eles têm o dever de dar o bom exemplo. E o primeiro passo poderia ser uma reforma política, de verdade.
Fonte:http://www.nominuto.com/blog/blog-do-diogenes/

Do Blog: Sou a favor do voto "VINCULADO" dessa forma acabaria com essa ANARQUIA PARTIDÁRIA, a quem se refere o jornalista Diógenes, dois partidos seria o bastante como nos EUA, existem dois partidos e o país é uma grande potência mundial, não existe os bons Puteiros eleitorais.

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