segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Incentivo das parceiras tem levado mais homens ao urologista

Ao contrário das mulheres, que têm o hábito de fazer consultas preventivas com o ginecologista, os homens normalmente só vão a um médico urologista quando já têm algum problema. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que, em 2007, cerca de 17 milhões de mulheres procuraram um especialista em saúde feminina no Brasil. No mesmo período, o número de homens que procuraram um urologista foi quase sete vezes menor: cerca de 2,6 milhões. Esse hábito masculino, no entanto, está mudando. E por incentivo delas, conforme revelou um estudo feito pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O Ambulatório de Sexualidade masculina do hospital recebe cerca de 150 pacientes por mês. Desse total, 40% são homens que nunca haviam se consultado antes. Segundo o urologista e coordenador do Ambulatório, Joaquim Claro, as parceiras estão entre as maiores responsáveis (30%) pela procura deles por tratamento.

O problema mais comum, segundo ele, é a disfunção erétil (impotência) — que representa 55% dos atendimentos. “Essa doença atinge grande parte dos pacientes com idade acima de 60 anos”, explica. De acordo com Claro, a maioria dos casos, apesar de não ter cura, pode ser tratado. “A impotência, quando acomete os jovens, normalmente está relacionada a dificuldades psicológicas ou a adaptações pós-cirúrgicas”, define.

O urologista destaca que, diferentemente das mulheres, é raro os homens sofrerem com problema de baixa autoestima na vida sexual. “Quando isso ocorre, são elas as principais motivadoras da insegurança masculina”, aponta. De acordo com ele, quando o homem não sabe lidar com as críticas sexuais femininas pode entrar num ciclo de autodepreciação difícil de reverter.

Para o médico, a forma de o homem tratar esse assunto também tem mudado ao longo dos anos. “Antigamente, eles falavam ‘doutor, eu tenho um problema: estou meio fraco’. Hoje, já ouço frases como: ‘olha, não consigo transar direito’ ou ‘não estou tendo prazer no sexo’. Isso é um avanço”, avalia.

Radiografia da saúde sexual do homem
A urologia e a cardiologia são as prioridades da política nacional de atenção à saúde masculina.

40 anos é a idade em que aumenta a frequência de disfunção sexual masculina
48% dos homens têm distúrbio erétil (impotência)
2,1% têm inibição de desejo sexual
4,5% sentem dor durante o sexo
4,9% têm dificuldade de atingir o orgasmo
25,8% têm ejaculação precoce
Fonte:http://www.dzai.com.br/correioweb2/noticia/montanoticia?tv_ntc_id=25734

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