Na ânsia de segurar Henrique Eduardo na base do governo, a governadora Wilma de Faria cometeu, digamos assim, uma gafe. Ela disse que liberaria o PR da majoritária para fechar aliança com o PMDB na proporcional.
A manobra seria uma garantia para Henrique Eduardo não ficar sozinho e ter maiores chances de reeleição.
Só que o PR - Partido da República - tem um líder. É o deputado João Maia.
Ontem, ao Nominuto, João Maia declarou sem esconder a irritação com Wilma e Henrique:
- Ninguém decide pelo PR. O destino do partido será definido pela sua direção.
E completou:
- Ninguém libera nem prende o PR.
João Maia tem toda razão de reclamar da descortesia dos atuais aliados. E o episódio é uma demonstração clara de que os líderes políticos estão atarantados depois dos esclarecimentos do TRE sobre as alianças partidárias e da doença do vice-governador Iberê Ferreira.
Henrique Alves está num mato sem cachorro.
De um lado não tem como fechar aliança com a base de Lula por não ter garantias de reeleição. Do outro lado, não tem como convencer o primo Garibaldi Filho a abrir mão de Rosalba e se juntar a ele.
Garibaldi foi claro em entrevista a mim ontem: "não recuo do apoio a Rosalba".
Só resta a Henrique aderir ao Democratas e depois se explicar no Palácio do Planalto.
Pobre Henrique! Em certas horas o poder - e ele tem muito poder hoje - não lhe serve de nada.
O cenário político deverá desanuviar com o retorno do quase governador Iberê Ferreira de Souza na próxima semana.
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