quarta-feira, 24 de março de 2010

PM é acusado de espancar ex-namorada grávida de cinco meses na Zona Leste


Decidida a por um fim a seu sofrimento, a bartender Ana Beatriz Teixeira, 31 anos, resolve desabafar: “Eu não vou morrer me omitindo. Quero que todos saibam o que está acontecendo comigo”. Ela, que está grávida de cinco meses, acusa o seu ex-namorado, o soldado PM Rafael de Souza (e pai da criança), de tê-la violentamente espancado na madrugada do último sábado, depois de ter se drogado e a levado para a comunidade do Jacó, Zona Leste de Natal. “Ele só não me matou porque estava desarmado”. Segundo ela, o policial ainda a teria ameaçado, caso fosse denunciado. “Disse que se eu a entregasse à polícia e ele fosse preso, teria quem me matasse por ele aqui fora”. A polícia informa que ele foi afastado das funções, mas continua solto.

Ana Beatriz conta que, na noite da última sexta-feira, por volta das 22h30, Rafael teria ido até a sua casa para chamá-la para sair. Mesmo com medo e contra a vontade da mãe, ela decidiu ir. Segundo ela, o soldado a teria levado para a Praia do Meio com outros amigos, pois queria conversar. “Mas logo percebi que eles estavam drogados”.

A bartender diz que, já de madrugada, o ex-namorado começou a discutir. “Ele começou a me perguntar se eu estava fazendo programa em Ponta Negra. Eu dizia que não e ele me dava um tapa na cara. Continuou a perguntar e acabei sendo obrigada a admitir algo que não fiz. Então ele passou a bater com mais força”.

Ela relata que, então, o soldado a teria levado, sozinho, para um terreno baldio na Avenida 25 de Dezembro, onde voltou a discutir e bater nela. Em seguida, por volta das 5h30 do sábado, teria levado para a comunidade do Jacó. “A intenção dele era de me levar para uma casa abandonada, onde me espancou outra vez”. Ainda junto à escadaria que dá acesso à comunidade, Rafael teria jogado um tijolo nas costas da ex-namorada. “Depois ele me deu um soco no meu peito e fiquei completamente sem ar. Estava sem força, fui arrastada e ele passou a me bater com pauladas e telhas. Quebrou três telhas na minha cabeça”.

Ciúmes

De acordo com a bartender, essa teria sido a terceira agressão sofrida por ela. Ela afirma que o motivo para tudo isso é o ciúmes excessivo do soldado, amplificado pelo fato de ele consumir cocaína. O casal teria começado a namorar, segundo ela, há seis meses. “Ele me tratou de maneira gentil. Não podia imaginar que ele era tão agressivo”. Atualmente grávida do soldado, Ana Beatriz diz que decidiu terminar devido à agressividade e aos ciúmes. “Mas ele não queria terminar comigo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário