sexta-feira, 12 de março de 2010

Políticos vivem a expectativa do poder

Wilma de Faria é quase ex-governadora. Já foram sete anos de poder.
Iberê Ferreira de Sousa é quase governador. Mas vive desde o ano passado essa sensação que tanto motiva os políticos profissionais: a expectativa do poder.

O vice-governador Iberê Ferreira terá de trabalhar rápido. Ele próprio tem falado em três meses para dizer a que veio. Em 90 dias, Iberê pretende fazer coisas que Wilma não conseguiu realizar em dois mandatos. E estabelece como desafios mudanças significativas nas áreas de saúde e de segurança pública.

Vai ser um troço complicado porque se Iberê Ferreira fizer demais vão dizer que Wilma foi negligente ou incompetente em sete anos de gestão. Se fizer menos do que promete, corre o risco de não viabilizar seu projeto eleitoral.

Iberê Ferreira de Souza, que vive a expectativa do poder, será pressionado pelo tempo. Se por volta de agosto ou setembro não estiver bem-avaliado e não decolar nas pesquisas para o governo, a classe política e o eleitorado vão olhar em outra direção na busca de quem vai assumir o governo no próximo ano.

E esse alguém poderá ser Rosalba Ciarlini, senadora do Democratas, líder atual nas pesquisas de opinião pública.

Mesmo distante do pleito, a senadora já sente o gostinho da tal expectativa do poder. É paparicada e festejada por caciques, prefeitos, líderes comunitários e profissionais da comunicação de todas as tribos.

Se cair nas pesquisas, Rosalba Ciarlini perderá o encanto e deixará de ser perspectiva de poder para muita gente.

Mais distante do que Rosalba está o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, outro concorrente ao governo.

Carlos Eduardo ainda não virou expectativa de poder para a maioria do eleitorado, mas poderá conquistar essa condição. Basta que cresça nas pesquisa, deixe Iberê para trás e encoste em Rosalba.

Aí, Carlos Eduardo vira expectativa de poder. Por enquanto, o ex-prefeito de Natal ainda é uma miragem de poder para familiares, bacuraus saudosistas e assessores mais próximos, desabrigados desde o dia que Carlos Eduardo deixou a Prefeitura de Natal.

E essa tal perspectiva de poder deixa muita gente volúvel. O político que apoia uma candidatura hoje, poderá não apoiar amanhã. É gente que parece arribaçã, a ave sertaneja, que voa ligeiro para onde o vento sopra e onde tem mais alimento, o milho nosso de cada dia.
Fonte:http://www.nominuto.com/blog/blog-do-diogenes/

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